sexta-feira, 15 de julho de 2016

Não vou ser mais um Je Suis


JE SUIS:Não. Desta vez não contam comigo para isso. Já fui "Je suis Charlie", já fui "Je suis Paris" (aquando dos atentados ao Bataclan e outros espaços) mas acabou. Tenho imensa pena dos que morreram, dos que ficaram feridos, dos que ficarão traumatizados por muito tempo pela noite de horror de ontem, das suas famílias e amigos. Exactamente na mesma proporção com que estou solidário com os que morrem afogados no Mediterrâneo ou são alvos dos bandidos do Daesh e da Al Qaeda no Iraque, na Síria, na Líbia, no Afeganistão, na Nigéria e em tantos outros lugares onde o terror se faz sentir. "Je suis" é que nunca mais. Porque sou português. Daqueles a quem andaram um mês a chamar "nojentos" sem outro motivo que não fosse o chauvinismo, a estúpida arrogância,a mania da superioridade sobre um povo que trabalhou duramente (os emigrantes) para que a França seja o que é hoje, o desagrado invejoso com os resultados do que devia ser apenas uma competição desportiva. E isto não é misturar política com futebol. É rejeitar de uma vez por todas, com firmeza mas sem sobranceria, uma mentalidade que tem gosto em reduzir Portugal e os portugueses a um país e um povo de segunda categoria.
"Je Suis" sim, e para sempre, orgulhosamente português.
P.S. Espero que este post seja compreendido no seu verdadeiro significado.
Luís Cirilo

Não foi escrito por mim, mas podia muito bem ter sido.

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