sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Ter saudades é...


Já não chegava a dor de bater com o dedo mindinho no canto de uma mesa, a dor de partir um osso qualquer do nosso corpo. Já não bastava estas e outras tantas dores físicas teríamos também de sentir a dor da saudade. Diferente ... daquelas que não mata mas mói ... mói e mói muito. Mói ao ponto de desligar-mos do resto e ignorar por completo. Mói ao ponto que, em certos casos, faz-nos acreditar que à volta a dar e há regresso. Ilusões que o cérebro cria das sensações que já foram um dia ... únicas.
Perdemos a noção do tempo e pela cabeça passa um filme em câmara lenta, silhuetas um pouco desfocadas são suficientes para sentir o momento como se fosse real. A sensação que queremos que não termine ... que deixe de ser apenas uma ilusão.

Saudades de quem já não está, saudades de quem eu deixei partir. Saudades do que já foi e já não será, do que poderá ser, do que será mas ainda não é ... ter saudade é ....

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