sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Vem fazer-me uma visita!!!

Há dias tão grandes que parecem um mês inteiro. Há dias que passam num abrir e fechar de olhos. Há dias para esquecer. Há dias para lembrar. Há dias simples. Há dias, meu deus, que são uma puta de uma confusão. Há dias silenciosos. Há dias que dão vontade de falar. Há dias cheios e dias em cheio. Há dias quase vazios. E dias que mudam as nossas vidas. Há dias em que só pensamos no futuro. E dias em que temos saudades de quase tudo. Há dias com grandes manhãs. E dias que se prolongam pela noite dentro. Há dias ensonados, nublados como sonhos. Há dias reais. Dias irreais. Há dias cheios de amigos. E outros mais sozinhos. Há dias em que salvo uma vida. E dias que não consigo fazer milagres. Há dias em que chove a cântaros. Há dias em que perdemos a chave. Há dias em que o rei faz anos. Há dias de greve. De trânsito e engarrafamentos e dias em que vamos a falar ao telemóvel enquanto se conduz e só paramos num campo de kiwis. Há dias de eleições e de novos governos. Há dias sem carros. Há dias da mãe, do pai e da criança. Dias da música, da água e da dança. Há dias em que perdemos a esperança. Há dias em que cruzamos os braços. E dias em que arregaçamos as mangas. Há dias em que ninguém nos cala e manda-mos tudo pró caralho. Há dias em que nos apetecia mandar nisto tudo! Há dias em que temos vontade de partir. E dias em que temos vontade de voltar. Há dias coloridos e dias a preto e branco. Há dias negros (verdadeiramente maus). E dias azuis. Há dias trágicos. Há dias em que aprendemos uma palavra nova. E dias em que temos uma palavra mesmo debaixo da língua. Há dias em que tudo são sete cores. Há dias bons para andar de bicicleta mesmo que eu não tenha uma. Há dias de arrependimento e há dias em que só pedir desculpa não chega. Há dias em que apetece deixar de fumar e há dias que fumo que nem um louco. Há dias em que perdemos a cabeça. Há dias em que começamos tudo do princípio. Há dias que já lá vão. Há dias que nunca chegam. Há dias em que contamos os dias para as férias. Há dias em que temos orgulho do nosso país. E outros em que nos deixam muito envergonhados. Há dias de cerimónia. E outros em que nos apetece andar descalços. Há dias que passam a correr. E outros que vão andando. Há dias de sofá. Há dias que esticam. Há dias que deviam durar para sempre. Há dias em que nos apetecia mesmo dormir na areia junto ao mar. Há dias em que precisamos de um café...bem preciso todos os dias de café. E dias em que precisamos de um abraço. Há dias em que fazemos um amigo. Há dias em que as coisas andam para trás. E dias em que o mundo anda para a frente. Há dias que pedem uma banda sonora. E dias em que apetece cantar no duche.
Há dias e dias, dias que não são dias...

...e depois há dias em que não te ter junto a mim é como não haver pássaros na primavera.

Vem fazer-me uma visita Tulipa!!!


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